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COMPETÊNCIA DE ÁREA 8

HABILIDADE 25

Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as variedades linguísticas sociais, regionais e de registro.
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PORTUGUÊS 92%
LITERATURA 8%

01. H25 (Enem 2019)  Irerê, meu passarinho do sertão do Cariri,

Irerê, meu companheiro,

Cadê viola? Cadê meu bem? Cadê Maria?

Ai triste sorte a do violeiro cantadô!

Ah! Sem a viola em que cantava o seu amô,

Ah! Seu assobio é tua flauta de irerê:

Que tua flauta do sertão quando assobia,

Ah! A gente sofre sem querê!

Ah! Teu canto chega lá no fundo do sertão,

Ah! Como uma brisa amolecendo o coração,

Ah! Ah!

Irerê, solta teu canto!

Canta mais! Canta mais!

Prá alembrá o Cariri!

VILLA-LOBOS, H. Bachianas Brasileiras n. 5 para soprano e oito violoncelos (1938-1945).
Disponível em: http://euterpe.blog.br. Acesso em: 23 abr. 2019.

Nesses verbos, há uma exaltação ao sertão do Cariri em uma ambientação linguisticamente apoiada no(a)

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Questão de PORTUGUÊS

Assunto: Interpretação de textos: músicas

Literatura: Modernismo primeira fase.

02. H25 (Enem 2017) Naquela manhã de céu limpo e ar leve, devido à chuva torrencial da noite anterior, sai a caminhar com o sol ainda escondido para tomar tenência dos primeiros movimentos da vida na roça. Num demorou nem um tiquinho e o cheiro intenso do café passado por Dona Linda me invadiu as narinas e fez a fome se acordar daquela rema letárgica derivada da longa noite de sono. Levei as mãos até a água que corria pela bica feita de bambu e o contato gelado foi de arrepiar. Mas fui em frente e levei as mãos em concha até o rosto. Com o impacto, recuei e me faltou o fôlego por alguns instantes, mas o despertar foi imediato. Já aceso, entrei na cozinha na buscação de derrubar a fome e me acercar do aconchego do calor do fogão à lenha. Foi quando dei reparo da figura esguia e discreta de uma senhora acompanhada de um garoto aparentando uns cinco anos de idade já aboletada na ponta da mesa em proseio íntimo com a dona da casa. Depois de um vigoroso “Bom dia!”, de um vaporoso aperto de mãos nas apresentações de praxe, fiquei sabendo que Dona Flor de Maio levava o filho Adão para tratamento das feridas que pipocavam por seu corpo, provocando pequenas pústulas de bordas avermelhadas.

GUIÃO, M. Disponível em: www.revistaecologico.com.br.
Acesso em: 10 mar. 2014 (adaptado).

A variedade linguística da narrativa é adequada à descrição dos fatos. Por isso, a escolha de determinadas palavras e expressões usadas no texto está a serviço da

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Questão de PORTUGUÊS

Assunto: Interpretação de Texto: Textos literários em prosa/Teoria da Comunicação.

03. H25 (Enem 2017) Zé Araújo começou a cantar num tom triste, dizendo aos curiosos que começaram a chegar que uma mulher tinha se ajoelhado aos pés da santa cruz e jurado em nome de Jesus um grande amor, mas jurou e não cumpriu, fingiu e me enganou, pra mim mentiu, pra Deus você pecou, o coração tem razões que a própria razão desconhece, faz promessas e juras, depois esquece.

O caboclo estava triste e inspirado. Depois dessa canção que arrepiou os cabelos da Neusa, emendou com uma valsa mais arretada ainda, cheia de palavras difíceis, mas bonita que só a gota serena. Era a história de uma boneca encantadora vista numa vitrine de cristal sobre o soberbo pedestal. Zé Araújo fechava os olhos e soltava a voz:

Seus cabelos tinham a cor/ Do sol a irradiar/ Fulvos raios de amor./ Seus olhos eram circúnvagos/ Do romantismo azul dos lagos/ Mãos liriais, uns braços divinais,/ Um corpo alvo sem par/ E os pés muito pequenos/ Enfim eu vi nesta boneca/ Uma perfeita Vênus.

CASTRO, N. L. As pelejas de Ojuara: o homem que desafiou o diabo.
São Paulo: Arx, 2006 (adaptado).

O comentário do narrador do romance “[...] emendou com uma valsa mais arretada ainda, cheia de palavras difíceis, mas bonita que só a gota serena” relaciona-se ao fato de que essa valsa é representativa de uma variedade linguística

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Questão de PORTUGUÊS

Assunto: Interpretação de Texto: Textos literários em prosa

Literatura Contemporânea.

04. H25 (Enem 2017) O homem disse, Está a chover, e depois, Quem é você, Não sou daqui, Anda à procura de comida, Sim, há quatro dias que não comemos, E como sabe que são quatro dias, É um cálculo, Está sozinha, Estou com o meu marido e uns companheiros, Quantos são, Ao todo, sete; Se estão a pensar em ficar conosco, tirem daí o sentido, já somos muitos, Só estamos de passagem, Donde vêm, Estivemos internados desde que a cegueira começou, Ah, sim, a quarentena, não serviu de nada. Porque diz isso, Deixaram-nos sair, Houve um incêndio e nesse momento percebemos que os soldados que nos vigiavam tinham desaparecido, E saíram, Sim, Os vossos soldados devem ter sido dos últimos a cegar, toda a gente está cega, Toda a gente, a cidade toda, o país,

SARAMAGO, J. Ensaio sobre a cegueira.
São Paulo: Cia. das Letras. 1995.

A cena retrata as experiências das personagens em um país atingido por uma epidemia. No diálogo, a violação de determinadas regras de pontuação

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Questão de PORTUGUÊS

Assunto: Interpretação de Texto: Textos literários em prosa

Teoria literária/Sintaxe.

05. H25 (Enem 2016)  PINHÃO sai ao mesmo tempo que BENONA entra.

BENONA: Eurico, Eudoro Vicente está lá fora e quer falar com você.

EURICÃO: Benona, minha irmã, eu sei que ele está lá fora, mas não quero falar com ele.

BENONA: Mas Eurico, nós lhe devemos certas atenções.

EURICÃO: Você, que foi noiva dele. Eu, não!

BENONA: Isso são coisas passadas.

EURICÃO: Passadas para você, mas o prejuízo foi meu. Esperava que Eudoro, com todo aquele dinheiro, se tornasse meu cunhado. Era uma boca a menos e um patrimônio a mais.

E o peste me traiu. Agora, parece que ouviu dizer que eu tenho um tesouro. E vem louco atrás dele, sedento, atacado de verdadeira hidrofobia. Vive farejando ouro, como um cachorro da molest’a, como um urubu, atrás do sangue dos outros. Mas ele está enganado. Santo Antônio há de proteger minha pobreza e minha devoção.

SUASSUNA, A. O santo e a porca.
Rio de Janeiro: José Olympio, 2013 (fragmento).

Nesse texto teatral, o emprego das expressões “o peste” e “cachorro da molest’a” contribui para

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Questão de PORTUGUÊS

Assunto: Interpretação de Texto: Modernismo 3 fase.

06. H25 (Enem 2016) O nome do inseto pirilampo (vaga-lume) tem uma interessante certidão de nascimento. De repente, no fim do século XVII, os poetas de Lisboa repararam que não podiam cantar o inseto luminoso, apesar de ele ser um manancial de metáforas, pois possuía um nome “indecoroso” que não podia ser “usado em papéis sérios”: caga-lume. Foi então que o dicionarista Raphael Bluteau inventou a nova palavra, pirilampo, a partir do grego pyr, significando “fogo”, e lampas, ‘candeia’.

FERREIRA, M. B. Caminhos do português: exposição comemorativa do Ano Europeu das Línguas. Portugal: Biblioteca Nacional, 2001 (adaptado).

O texto descreve a mudança ocorrida na nomeação do inseto, por questões de tabu linguístico. Esse tabu diz respeito à

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Questão de PORTUGUÊS

Assunto: Interpretação de Texto: Textos jornalísticos

Gramática/Vocabulário.

07. H25 (Enem 2015)  Assum preto

Tudo em vorta é só beleza

Sol de abril e a mata em frô

Mas assum preto, cego dos óio

Num vendo a luz, ai, canta de dor

Tarvez por ignorança

Ou mardade das pió

Furaro os óio do assum preto

Pra ele assim, ai, cantá mio

Assum preto veve sorto

Mas num pode avuá

Mil veiz a sina de uma gaiola

Desde que o céu, ai, pudesse oiá

GONZAGA, L.; TEIXEIRA, H. Disponível em: www.luizgonzaga.mus.br.
Acesso em: 30 jul. 2012 (fragmento).

As marcas da variedade regional registradas pelos compositores de Assum preto resultam da aplicação de um conjunto de princípios ou regras gerais que alteram a pronúncia, a morfologia, a sintaxe ou o léxico. No texto, é resultado de uma mesma regra a

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Questão de PORTUGUÊS

Assunto: Interpretação de Texto: músicas

Teoria da Comunicação/Fonética.

08. H25 (Enem 2015) Essa pequena

Meu tempo é curto, o tempo dela sobra

Meu cabelo é cinza, o dela é cor de abóbora

Temo que não dure muito a nossa novela, mas

Eu sou tão feliz com ela

Meu dia voa e ela não acorda

Vou até a esquina, ela quer ir para a Flórida

Acho que nem sei direito o que é que ela fala, mas

Não canso de contemplá-la

Feito avarento, conto os meus minutos

Cada segundo que se esvai

Cuidando dela, que anda noutro mundo

Ela que esbanja suas horas ao vento, ai

Às vezes ela pinta a boca e sai

Fique à vontade, eu digo, take your time

Sinto que ainda vou penar com essa pequena, mas

O blues já valeu a pena

CHICO BUARQUE. Disponível em: www.chicobuarque.com.br.
Acesso em: 31 jun. 2012.

O texto Essa pequena registra a expressão subjetiva do enunciador, trabalhada em uma linguagem informal, comum na música popular. Observa-se, como marca da variedade coloquial da linguagem presente no texto, o uso de

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Questão de PORTUGUÊS

Assunto: Interpretação de Texto: músicas

Teoria da Comunicação.

09. H25 (Enem 2014) Em bom português

No Brasil, as palavras envelhecem e caem como folhas secas. Não é somente pela gíria que a gente é apanhada (aliás, já não se usa mais a primeira pessoa, tanto do singular como do plural: tudo é “a gente”). A própria linguagem corrente vai-se renovando e a cada dia uma parte do léxico cai em desuso.

Minha amiga Lila, que vive descobrindo essas coisas, chamou minha atenção para os que falam assim:

— Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem.

Os que acharam natural essa frase, cuidado! Não saberão dizer que viram um filme com um ator que trabalha bem. E irão ao banho de mar em vez de ir à praia, vestido de roupa de banho em vez de biquíni, carregando guarda-sol em vez de barraca. Comprarão um automóvel em vez de comprar um carro, pegarão um defluxo em vez de um resfriado, vão andar no passeio em vez de passear na calçada. Viajarão de trem de ferro e apresentarão sua esposa ou sua senhora em vez de apresentar sua mulher.

SABINO, F. Folha de S.Paulo, 13 abr. 1984 (adaptado).

A língua varia no tempo, no espaço e em diferentes classes socioculturais. O texto exemplifica essa característica da língua, evidenciando que

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Questão de PORTUGUÊS

Assunto: Interpretação de Texto: Crônicas.

10. H25 (Enem 2013) Futebol: “A rebeldia é que muda o mundo”

Conheça a história de Afonsinho, o primeiro jogador do futebol brasileiro a derrotar a cartolagem e a conquistar o Passe Livre, há exatos 40 anos

Pelé estava se aposentando pra valer pela primeira vez, então com a camisa do Santos (porque depois voltaria a atuar pelo New York Cosmos, dos Estados Unidos), em 1972, quando foi questionado se, finalmente, sentia-se um homem livre. O Rei respondeu sem titubear:

— Homem livre no futebol só conheço um: o Afonsinho. Este sim pode dizer, usando as suas palavras, que deu o grito de independência ou morte. Ninguém mais. O resto é conversa.

Apesar de suas declarações serem motivo de chacota por parte da mídia futebolística e até dos torcedores brasileiros, o Atleta do Século acertou. E provavelmente acertaria novamente hoje.

Pela admiração por um de seus colegas de clube daquele ano. Pelo reconhecimento do caráter e personalidade de um dos jogadores mais contestadores do futebol nacional. E principalmente em razão da história de luta — e vitória — de Afonsinho sobre os cartolas.

ANDREUCCI, R. Disponível em: http://carosamigos.terra.com.br.
Acesso em: 19 ago. 2011.

O autor utiliza marcas linguísticas que dão ao texto um caráter informal. Uma dessas marcas é identificada em:

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Questão de PORTUGUÊS

Assunto: Interpretação de Texto: Textos jornalísticos

Teoria da Comunicação.

11. H25 (Enem 2012)  TEXTO I

Antigamente

Antigamente, os pirralhos dobravam a língua diante dos pais e se um se esquecia de arear os dentes antes de cair nos braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro. Não devia também se esquecer de lavar os pés, sem tugir nem mugir. Nada de bater na cacunda do padrinho, nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda cedinho, aguava as plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. Não ficava mangando na rua nem escapulia do mestre, mesmo que não entendesse patavina da instrução moral e cívica. O verdadeiro smart calçava botina de botões para comparecer todo liró ao copo d’água, se bem que no convescote apenas lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras é que eram um precipício, jogando com pau de dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de galinha. O melhor era pôr as barbas de molho diante de um treteiro de topete, depois de fintar e engambelar os coiós, e antes que se pudesse tudo em pratos limpos, ele abria o arco.

ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de janeiro: nova Aguilar, 1983 (fragmento).

TEXTO II

Expressão Significado
Cair nos braços de Morfeu Dormir
Debicar Zombar, ímisso
Tunda Surra
Mangar Escarnecer
Tugir Murmúrio
Liró Bem-vestido
Copo d'água Lanche oferecido pelos amigos
Convescote Piquenique
Bilontra Velhaco
Treteiro de topete Tratante atrevido
Abrir o arco Fugir

FLORIN, J. L. As línguas mudam. In: Revista Língua Portuguesa, n. 24, out. 2007 (adaptado).

Na leitura do fragmento do texto Antigamente constata-se, pelo emprego de palavras obsoletas, que itens lexicais outrora produtivos não mais o são no português brasileiro atual. Esse fenômeno revela que

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Questão de PORTUGUÊS

Assunto: Interpretação de Texto: Textos em prosa

Modernismo 2 fase.

12. H25 (Enem 2012) eu gostava muito de passeá... saí com as minhas colegas...  brincá na porta di casa di vôlei... andá de patins... bicicleta... quando eu levava um tombo ou outro... eu era a::... a palhaça da turma... ((risos))... eu acho que foi uma das fases mais... assim... gostosas da minha vida... essa fase de quinze... dos meus treze aos dezessete anos...

A.P.S., sexo feminino, 38 anos , nível de ensino fundamental.
Projeto Fala Goiana, UFG, 2010 (inédito).

Um aspecto da composição estrutural que caracteriza o relato pessoal de A.P.S. como modalidade falada da língua é

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Questão de PORTUGUÊS

Assunto: Redação/Narração. Teoria da Comunicação.

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